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La Paz – O ex-presidente boliviano e candidato ao Palácio Quemado, Jorge “Tuto” Quiroga, declarou que a Bolívia exporta atualmente “mais cocaína que gás natural” e defendeu a instalação de escritórios da Polícia Federal brasileira no país para reforçar o combate ao narcotráfico.
A afirmação foi feita em entrevista publicada pela Folha de S.Paulo, dias depois de Quiroga avançar ao segundo turno da eleição presidencial, marcado para 19 de outubro. “Quero firmar o primeiro acordo com a PF para termos escritórios aqui, com cooperação em informação e logística”, disse.
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TogglePresença de facções brasileiras
Segundo o candidato, a atuação de grupos como Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho em território boliviano exige uma resposta coordenada entre La Paz e Brasília. Ele afirmou que o Brasil, pelo peso regional, deveria liderar iniciativas contra o crime organizado.
Quiroga criticou o que chamou de “abdicação” brasileira em temas externos, citando o apoio do governo Lula ao presidente venezuelano Nicolás Maduro. Ainda assim, prometeu manter relações estreitas com Brasília caso seja eleito e classificou Fernando Henrique Cardoso como “o maior sul-americano da história democrática da região”.
Agenda econômica
Na área econômica, o conservador minimizou a importância do Mercosul e criticou a demora no acordo entre o bloco e a União Europeia, em negociação há 25 anos. Ele defende ampliar frentes com mercados asiáticos e fechar acordos bilaterais, especialmente para exportar manufaturados, têxteis e castanha amazônica a Estados Unidos e Europa.
Entre as propostas de integração regional, citou viagens sem passaporte, reconhecimento mútuo de diplomas universitários e concessão de bolsas de intercâmbio, “sem elevar nenhum imposto”.
Imagem: infomoney.com.br
Disputa eleitoral
O primeiro turno realizado em 17 de setembro encerrou quase duas décadas de domínio do Movimento ao Socialismo (MAS), de Evo Morales e Luis Arce. Nenhum concorrente alcançou 50% dos votos nem 40% com dez pontos de vantagem; Quiroga enfrentará o centrista Rodrigo Paz no segundo turno.
Crítica à gestão do gás
Para o ex-mandatário, o declínio econômico do país decorre da gestão do setor de gás durante os governos do MAS. “Evo Morales teve sorte com o boom das commodities. Bastava abrir duas válvulas e vinham 23% do PIB. Mas falharam em modernizar a infraestrutura, e agora pagamos o preço”, afirmou.
Com informações de InfoMoney
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