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São Paulo – O UBS BB reduziu o preço-alvo para as ações ordinárias e preferenciais da Petrobras (PETR3; PETR4) de R$ 46,00 para R$ 42,00. Para os recibos negociados em Nova York (ADRs; tickers PBR e PBR-A), a estimativa caiu de US$ 15,80 para US$ 14,40. Mesmo assim, o banco reiterou a recomendação de compra ao assumir a cobertura principal da estatal.
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ToggleTrês pilares da tese
A indicação positiva apoia-se em três fundamentos:
(i) avaliação atrativa, com a Petrobras negociando a múltiplos inferiores aos de concorrentes globais;
(ii) crescimento de produção considerado robusto nos próximos anos; e
(iii) geração de fluxo de caixa livre acima da média do setor.
O relatório ressalta que o mercado ainda questiona o plano de investimentos (capex) da companhia. Segundo o banco, a disciplina na execução do orçamento será decisiva para manter a geração de caixa e os pagamentos de dividendos. A administração da Petrobras, por sua vez, vê “riscos positivos” para a produção, o que reforça a visão construtiva do UBS BB.
Pontas para reprecificação
O banco entende que a baixa concentração de investidores, os múltiplos depreciados e o dividend yield elevado reduzem riscos e podem abrir espaço para reprecificação, caso a empresa continue entregando resultados operacionais sólidos.
Produção em destaque
Entre 2024 e 2028, o UBS BB projeta aumento de cerca de 20% na produção de líquidos da Petrobras, taxa que coloca a estatal atrás apenas de Chevron e Exxon – cujos incrementos se devem, em grande parte, a aquisições recentes. Os pares europeus devem permanecer praticamente estáveis, enquanto os norte-americanos avançam perto de 30%, patamar que cai para um dígito se desconsideradas as compras de ativos.
Imagem: infomoney.com.br
Fluxo de caixa e dividendos
Para 2025 a 2028, o banco estima crescimento anual composto de 26% no fluxo de caixa livre, ante 20% dos rivais. A distribuição projetada para 2025 é de US$ 7,6 bilhões em dividendos ordinários, o que implica dividend yield de 10% nos preços atuais. Embora veja pouco espaço para dividendos extraordinários, o UBS BB admite risco de alta caso o governo busque alternativas de arrecadação, em linha com recentes declarações do Ministério da Fazenda.
Valuation ainda descontado
O relatório mostra que, apesar da recuperação do setor após a pandemia, todas as petroleiras seguem negociando abaixo das médias históricas. Mesmo assim, a Petrobras continua com desconto relevante: cerca de 3 vezes EV/EBITDA projetado, contra 4 vezes nas latino-americanas, 7 vezes nas norte-americanas e 5 vezes nas europeias. O FCF yield estimado para a estatal é de 15%, superior ao dos concorrentes globais.
Cenário político
Na avaliação do UBS BB, ainda é cedo para operar as ações da Petrobras como “trade eleitoral”. A pouco mais de um ano das eleições de 2026, o banco mantém as projeções sem incluir impactos políticos, esperando continuidade do plano de investimentos. No entanto, lembra que pleitos anteriores provocaram volatilidade nos papéis antes e logo após a votação.
O UBS BB conclui que a disciplina no capex, o avanço da produção e a manutenção da geração de caixa serão fatores-chave para sustentar a tese de valorização, mesmo com a revisão para baixo no preço-alvo.
Com informações de InfoMoney
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