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O vídeo do youtuber Felipe Bressanim Pereira, o Felca, denunciando a “adultização” de crianças nas redes sociais impulsionou uma mobilização incomum entre parlamentares de diferentes correntes ideológicas. Publicado em 6 de março, o material de 50 minutos já ultrapassou 31 milhões de visualizações e levou deputados e senadores de direita, esquerda e centro a defender medidas contra a exploração infantil on-line.
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ToggleReação imediata no Legislativo
No domingo (10), o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), agradeceu ao criador de conteúdo e prometeu pautar projetos relacionados ao tema. Desde então, 29 propostas voltadas ao combate da “adultização” foram protocoladas por parlamentares de União, PT, PSB, Rede, PL, Podemos, PDT, Psol, PRD, PSD, MDB, Republicanos e PP.
Entre os textos em análise, o mais adiantado é o do senador Alessandro Vieira (MDB-SE), aprovado no Senado em dezembro. O projeto estabelece mecanismos para combater conteúdos de exploração sexual de crianças e adolescentes, além de regulamentar o uso de redes sociais e jogos on-line pelo público infantojuvenil.
Aproximação rara de vozes opostas
A postagem de Motta foi elogiada pela presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, e pelo advogado-geral da União, Jorge Messias. Já a deputada Erika Hilton (PSOL-SP) exaltou a “apuração e postura cidadã” do youtuber, enquanto o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) afirmou que Felca “mexeu no vespeiro” e pediu bênçãos a ele.
Outros nomes que manifestaram apoio foram Guilherme Boulos (PSOL-SP), que destacou a derrubada de perfis denunciados após a repercussão, e a senadora Damares Alves (Republicanos-DF), que cobrou investigações sobre o “mercado macabro” que sexualiza menores. Na Assembleia Legislativa de São Paulo, o deputado estadual Guto Zacarias (União-SP), vice-líder do governo Tarcísio de Freitas, também parabenizou o influenciador.
Alcance nas redes
Monitoramento da consultoria Palver indica que o vídeo circulou em grupos de WhatsApp de todo o espectro político: 39% das menções partiram de espaços alinhados à direita, 11% à esquerda e 50% sem vínculo ideológico declarado. Entre conservadores, o material foi usado para defender valores morais; em círculos progressistas, a discussão se concentrou em direitos de crianças, regulação digital e responsabilização de influenciadores.
Imagem: infomoney.com.br
O próprio vídeo de Felca reúne denúncias contra criadores de conteúdo que exploram a imagem de menores, aponta a suposta facilidade do algoritmo em direcionar esse conteúdo a pedófilos e traz o depoimento de uma psicóloga sobre os riscos da exposição precoce.
Com o tema agora no centro do debate público, líderes da Câmara e do Senado sinalizam acelerar a análise de propostas para coibir a sexualização infantil nas plataformas digitais.
Com informações de InfoMoney
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