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As ações do Banco do Brasil (BBAS3) oscilaram intensamente nesta sexta-feira (15) depois da divulgação do balanço do segundo trimestre, que apontou queda de 60% no lucro líquido, para R$ 3,8 bilhões. Os papéis abriram em baixa, chegaram a virar para o campo positivo e permaneceram voláteis durante todo o pregão.
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Entre 11 casas acompanhadas pela LSEG, três recomendam compra, sete mantêm posição neutra e uma indica venda. A Ativa Research rebaixou sua avaliação de “compra” para “neutro” e colocou o preço-alvo em revisão, citando desempenho fraco da carteira de crédito do agronegócio e aumento das provisões após a Resolução CMN 4.966/21.
A Monte Bravo reiterou recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 22,50, equivalente a potencial de alta de 13% frente ao último fechamento. A corretora destacou que o banco reduziu a projeção de lucro de 2024 para R$ 21 bilhões a R$ 25 bilhões (antes, R$ 37 bilhões a R$ 41 bilhões) e elevou a estimativa de provisão para devedores duvidosos (PDD) para R$ 53 bilhões a R$ 56 bilhões. O payout de dividendos foi ajustado para 30% do lucro, o que implica dividend yield entre 5,5% e 6,5% no cenário central.
A equipe da corretora afirmou que o banco negocia a múltiplos atrativos, mas manteve cautela quanto à capacidade de entrega das novas metas. Segundo os analistas, a instituição teria condições de voltar a lucros anuais de R$ 30 bilhões a R$ 35 bilhões, embora não haja clareza sobre o prazo para essa recuperação.
Projeções e perspectivas
Em teleconferência, a presidente do BB, Tarciana Medeiros, informou que a inadimplência deve continuar pressionando os resultados no terceiro trimestre devido à carteira de agronegócio, com expectativa de melhora apenas no fim do ano.
XP, BTG Pactual, Morgan Stanley, JPMorgan, Goldman Sachs, Itaú BBA e Genial Investimentos também mantêm recomendação neutra para BBAS3. A XP destacou a persistência da inadimplência em julho, enquanto o BTG observou que os resultados deterioram-se “de elevador” e a recuperação tende a ocorrer “de escada”. Para o JPMorgan, ciclos de crédito prolongados justificam cautela; o Goldman Sachs vê riscos de execução nas novas metas; e o Itaú BBA busca maior visibilidade sobre a qualidade dos ativos.
Imagem: infomoney.com.br
Na ponta positiva, a Eleven Financial mantém indicação de compra, mas com horizonte de médio prazo. O analista Malek Zein avaliou que o guidance de lucro para 2025 é otimista e difícil de cumprir, apontando que o ano pode ser o pior em duas décadas em termos de retorno sobre patrimônio (ROE). Mesmo assim, ele acredita que a cotação atual — abaixo de 0,7 vez o valor patrimonial — já embute boa parte dos riscos, com expectativa de normalização do retorno sobre capital até meados de 2027.
Com a queda de aproximadamente 15% no ano, BBAS3 segue no radar dos investidores, mas a maioria dos especialistas prefere aguardar maior clareza sobre a trajetória da carteira de crédito e a eficácia das medidas de provisão antes de recomendar novas compras.
Com informações de InfoMoney
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