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O governo federal apresentou, na quarta-feira (13), um Plano de Contingência para responder à tarifa de 50% sobre produtos brasileiros anunciada pelos Estados Unidos. Segundo a XP, o pacote deverá consumir cerca de R$ 9,5 bilhões e provocar impacto modesto sobre a economia.
De acordo com a equipe macroeconômica da XP, as novas tarifas norte-americanas podem reduzir o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em até 0,15 ponto percentual em 2025. A estimativa atual é menos negativa do que a projeção feita logo após o anúncio das tarifas, em 9 de julho, quando se calculava recuo de 0,3 ponto em 2025 e de 0,5 ponto em 2026.
O plano reúne medidas de apoio econômico interno, proteção trabalhista e ações de diplomacia comercial. Para a XP, o desenho do programa ajuda a limitar o efeito das tarifas sobre a atividade.
Impacto na balança comercial
A corretora não vê alteração relevante no saldo comercial em relação ao cenário traçado antes do pacote. Os economistas estimam perda máxima de US$ 3,5 bilhões nas exportações brasileiras ainda em 2025, valor considerado dentro das previsões já divulgadas.
Reflexos fiscais
No campo fiscal, a XP avalia que o impacto do plano pode ser absorvido sem mudanças no arcabouço orçamentário vigente. O custo de aproximadamente R$ 6 bilhões esperado para este ano elevaria a projeção de déficit primário de R$ 63,7 bilhões para R$ 69,7 bilhões. Para fins da meta fiscal, a projeção passaria de R$ 15 bilhões para R$ 21 bilhões, patamar que permanece acima do limite inferior de déficit de R$ 31 bilhões permitido.
Imagem: infomoney.com.br
A corretora acrescenta que o governo busca autorização para excluir despesas com o Reintegra e transferências específicas do cálculo da meta de resultado primário. Não há definição se essa flexibilização valeria apenas para 2025 ou também para 2026.
Com informações de InfoMoney
