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O fundo de infraestrutura XP Infra II (XPIE11), gerido pela XP Asset Management, encerrou o segundo trimestre de 2025 impactado por curtailment – reduções obrigatórias na produção de energia devido a limitações na rede de transmissão – em parte de seus ativos solares e eólicos. Mesmo diante do cenário, a gestora afirma que o portfólio segue resiliente e com distribuição robusta aos cotistas.
De acordo com Túlio Machado, head de infraestrutura da XP Asset, e Eduardo Borges, integrante da equipe de infraestrutura, o curtailment é o principal ponto de atenção nos complexos Apodi e Vila Acre I e II. Ainda assim, os ativos continuam gerando caixa suficiente para “entregas relevantes” de rendimento.
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ToggleDesempenho e estrutura do fundo
Estruturado como FIPE, o XPIE11 reúne 11.120 investidores e já distribuiu R$ 61,41 por cota desde 2019. No primeiro semestre de 2025, o valor patrimonial fechou em R$ 82,86, enquanto a soma entre cota de mercado e rendimentos pagos alcançou R$ 133,44.
O portfólio é diversificado entre segmentos de infraestrutura, com maior peso em equity e exposição relevante a linhas de transmissão – consideradas pela gestora o segmento mais resiliente.
Ativos expostos ao curtailment
No caso da usina solar Apodi, no Ceará, os cortes de geração têm sido recorrentes. Segundo Borges, o ativo continua atrativo por oferecer preços de energia corrigidos pelo IPCA e por um recálculo de penalidades que deve resultar em estorno de R$ 20 milhões ao longo do ano.
Nos parques eólicos Vila Acre I e II, adquiridos em 2023, também há exposição ao curtailment, mas até o momento não houve impactos em caixa. Desde a compra, esses ativos distribuíram mais de R$ 70 milhões ao fundo, montante equivalente a quase um terço do valor investido.
Imagem: infomoney.com.br
Possível mudança regulatória
A Medida Provisória 1.300, em discussão no setor elétrico, pode ampliar o leque de cortes passíveis de reembolso, o que reduziria o impacto direto do curtailment nos geradores. Hoje, a gestora estima perda líquida de 12% da receita; caso a MP avance, parte desse percentual poderá ser devolvido.
Demais destaques do trimestre
O fundo recebeu R$ 43 milhões via holding Alameda Acre após nove meses de negociação com o Banco do Nordeste, reforçando a posição de caixa. Já os projetos de transmissão Arteon e Parnaíba mantiveram margens superiores a 80% e alta disponibilidade operacional, sem intercorrências relevantes.
Mesmo em ambiente adverso, a XP Asset projeta que o XPIE11 continue entregando retorno próximo a IPCA + 13%, o que representa spread superior a 500 pontos-base em relação à NTN-B.
Com informações de InfoMoney
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