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Bruxelas — O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, declarou neste domingo (17) que está disposto a iniciar conversas de paz com a Rússia tomando a linha de frente atual como referência, abrindo pela primeira vez a possibilidade de usar áreas ocupadas como moeda de troca.
“Precisamos de negociações reais, o que significa que podemos começar por onde está a linha de frente agora”, afirmou Zelensky após reunião com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, na capital belga.
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ToggleContexto político
A mudança de tom ocorre dois dias após a cúpula entre Donald Trump e Vladimir Putin, realizada no Alasca, terminar sem um cessar-fogo, mas com indicação do ex-presidente dos Estados Unidos de que um acordo definitivo poderia envolver concessões territoriais. Em Bruxelas, Zelensky buscou reforçar o apoio da União Europeia diante do que classificou como “sensação crescente de isolamento” provocada pela postura mais conciliadora de Trump em relação ao Kremlin.
Situação no território
A Rússia mantém cerca de 400 km² recentemente ocupados nas regiões de Sumi e Kharkiv, no norte, além de controlar grande parte das províncias de Donetsk, Lugansk, Zaporíjia e Kherson. A Crimeia, anexada em 2014, segue considerada inegociável por Moscou.
Em Donetsk, aproximadamente 6.600 km² ainda permanecem sob domínio ucraniano, mas ataques russos recentes ameaçam centros estratégicos. Analistas militares avaliam que um possível desenho de acordo poderia prever a entrega total de Donetsk à Rússia em troca da devolução das áreas periféricas de Sumi e Kharkiv, consideradas de baixo valor estratégico para Moscou.
Imagem: infomoney.com.br
Lugansk já está integralmente sob controle russo, enquanto Zaporíjia e Kherson poderiam ser repartidas ou congeladas na configuração atual, criando uma nova fronteira de fato.
Próximos passos
Mesmo ao admitir conversar a partir da linha de frente, Zelensky reiterou que busca primeiro uma pausa nas hostilidades antes de discutir um pacto permanente. Nesta segunda-feira (18), o líder ucraniano e Ursula von der Leyen viajam a Washington para tentar alinhar posições com Trump e evitar um entendimento bilateral entre Estados Unidos e Rússia que possa enfraquecer Kiev.
Com informações de InfoMoney
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