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Zema cogita leiloar Cemig para reduzir dívida de Minas Gerais com a União

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O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou nesta sexta-feira, 22 de agosto de 2025, que a estatal de energia Cemig poderá ser levada a leilão caso o governo federal não manifeste interesse em federalizar a companhia. Segundo o governador, os recursos da venda seriam destinados a amortizar parte da dívida do Estado com a União, atualmente estimada em R$ 165 bilhões.

Zema falou a jornalistas durante evento promovido pelo Lide, no Rio de Janeiro. Ele destacou que a possibilidade de leilão já vinha sendo discutida dentro da administração estadual. “Se não houver interesse da União, a empresa pode ser leiloada e o valor usado 100% para quitar a dívida”, declarou.

Condições para privatização

Para que o leilão ocorra, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais precisará revogar uma legislação que impede a venda das ações controladas pelo Estado no mercado. O governo mineiro detém 51% do capital social da Cemig, cujo valor de mercado é de aproximadamente R$ 35 bilhões.

A precificação dos ativos ficará a cargo do BNDES, que possui 11,14% de participação na companhia. O banco deverá elaborar os estudos necessários para determinar o preço mínimo das ações a serem ofertadas.

Federalização perde força

De acordo com o governador, a transferência das ações da Cemig para o governo federal — proposta de federalização — pode não ser viável no atual cenário fiscal. Zema argumentou que o mecanismo de tag along, que garante oferta aos minoritários por 80% do valor pago ao controlador, exigiria um desembolso extra mínimo de R$ 16,25 bilhões por parte da União. “Isso geraria uma despesa gigantesca após a transferência”, afirmou.

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Imagem: Infoglobo via valor.globo.com

Copasa na mesma rota

Zema acrescentou que o Estado também estuda leiloar a Copasa, companhia de saneamento, porque o governo federal “não tem interesse” em adquirir ações da empresa. “Estamos levando ambos os processos adiante”, completou.

O governador reiterou que o objetivo central das privatizações seria destinar integralmente os recursos obtidos para reduzir o passivo mineiro junto ao Tesouro Nacional.

Com informações de Valor Econômico

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