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A ofensiva migratória do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vem resultando em um número crescente de prisões de estrangeiros sem antecedentes criminais no país. Em julho, 37% das detenções realizadas pelo Serviço de Imigração e Alfândega (ICE) foram de pessoas sem condenações nem acusações pendentes nos EUA, segundo dados do Projeto de Dados de Deportação da Universidade da Califórnia em Berkeley, atualizados na semana passada. Em dezembro — último mês completo da gestão de Joe Biden — essa fatia era de 13%.
O avanço foi classificado pelo diretor do estudo, o professor de direito David Hausman, como um indicativo de que “é impossível promover deportações em massa e, ao mesmo tempo, focar apenas nos ‘piores dos piores’”.
Embora a participação de migrantes sem ficha criminal tenha aumentado, o governo Trump também vem prendendo mais estrangeiros no total. Nos primeiros seis meses de sua administração, as detenções de pessoas com condenações ou acusações em território norte-americano mais que dobraram, alcançando aproximadamente 92 mil, em comparação com o último semestre do mandato Biden.
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ToggleAcusações internacionais e meta diária
O Departamento de Segurança Interna (DHS) afirma que seus agentes também detêm indivíduos investigados em outros países. Segundo a secretária-assistente de Relações Públicas do DHS, Tricia McLaughlin, muitos dos migrantes classificados como “não criminosos” seriam “terroristas, violadores de direitos humanos, gângsteres e outros” que ainda não possuem registros nos EUA.
Após um encontro no fim de maio, a secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, e o vice-chefe de gabinete da Casa Branca, Stephen Miller, teriam determinado ao ICE a realização de pelo menos 3 mil prisões diárias. O Departamento de Justiça nega a existência de qualquer cota, mas a agência intensificou a fiscalização, apoiada por mais de US$ 150 bilhões recém-aprovados para controle de fronteira, ampliação de vagas em centros de detenção e contratação de milhares de agentes.
Perfil dos condenados
Entre os estrangeiros com condenações detidos desde janeiro, 8% respondem por crimes considerados graves — homicídio, homicídio culposo, tráfico de pessoas, contrabando de migrantes, estupro ou outros delitos sexuais. No último semestre de Biden, essa proporção era de 10%.
Imagem: Caitlin OHara via valor.globo.com
Para ambos os governos, cerca de 58% dos crimes mais graves cometidos pelos condenados enquadram-se em direção sob influência de álcool, agressão, delitos relacionados a drogas ou violações criminais de imigração.
Nos primeiros seis meses de Trump, pessoas sem registro criminal representaram pouco mais de 60% das prisões efetuadas pelo ICE, ante 44% no mesmo período final do governo anterior.
Com informações de Valor Econômico
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