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Apex Capital diz que construtoras do Minha Casa Minha Vida e Embraer continuam baratas mesmo após forte alta

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A Apex Capital avalia que, apesar da longa combinação de incertezas políticas e fiscais no Brasil, alguns papéis da B3 seguem com potencial de valorização. Segundo os sócios da gestora, Fábio Spínola e Paulo Weikert, construtoras ligadas ao programa Minha Casa Minha Vida e a Embraer (EMBR3) permanecem entre os ativos de melhor desempenho, mas ainda negociam a múltiplos considerados atrativos.

Em entrevista ao podcast Stock Pickers, apresentado por Lucas Colazzo, Spínola destacou que o mercado de ações é movido por ciclos. “As crises não são eternas; quando as autoridades entram em alerta e oferecem suporte, forma-se um piso de preços”, afirmou. Para o gestor, o atual patamar deprimido reflete a instabilidade macroeconômica, mas empresas resilientes conseguem atravessar períodos adversos.

Construtoras com demanda “praticamente inesgotável”

No radar da Apex, companhias focadas no Minha Casa Minha Vida contam com demanda constante, sobretudo em grandes regiões metropolitanas. “Tudo o que se produz dentro do preço teto do programa é vendido”, reforçou Spínola, lembrando que poucas empresas listadas possuem essa capacidade de produção.

Mesmo com algumas ações nos níveis mais altos em anos, o múltiplo preço/lucro do setor segue baixo porque o lucro avançou mais que as cotações. “Se o cenário fosse mais favorável, essas ações estariam muito acima do patamar atual”, comentou.

A gestora vê o programa habitacional como política de Estado, independentemente de partidos. Entre as preferidas está a Cyrela (CYRE3), tradicionalmente voltada ao público de média e alta renda, mas que vem ampliando a atuação na baixa renda — segmento que pode responder por até metade do lucro da companhia em 2024. Spínola avalia que o negócio de média e alta renda da Cyrela negocia hoje a cerca de 2 a 2,5 vezes o lucro, nível que, na visão dele, subestima o potencial da empresa.

Embraer salta de R$ 20 para R$ 78

Outro destaque apontado pela Apex é a Embraer. As ações subiram de aproximadamente R$ 20 para R$ 78 em dois anos, movimento sustentado pelo crescimento de lucro e pela expansão dos múltiplos de avaliação.

Além de Cyrela e Embraer, a gestora mantém visão positiva para Direcional (DIRR3) e Cury (CURY3), ambas de baixa renda, e para os bancos Itaú (ITUB4) e BTG Pactual (BPAC11). “Essas empresas vêm aumentando o lucro de forma expressiva ao longo dos anos. Ainda estão baratas, mesmo com múltiplo maior. Se conseguem continuar crescendo, faz sentido comprar”, concluiu Spínola.

Para a Apex, identificar companhias que combinem resiliência operacional e valuations atrativos é essencial, pois uma eventual melhora no ambiente macroeconômico pode acelerar a valorização dos papéis além do crescimento do lucro.

Com informações de InfoMoney

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