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Investidores continuam projetando que o Federal Reserve reduzirá a taxa básica em 0,25 ponto percentual na reunião de 16 e 17 de setembro, apesar da tentativa do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de demitir a diretora Lisa Cook. Contratos futuros indicavam, nesta terça-feira (27), 86% de probabilidade de que o juro caia para a faixa de 4,00% a 4,25%.
Depois de setembro, o mercado se divide sobre a possibilidade de novos afrouxamentos que somariam até 0,50 ponto percentual até o fim de 2024. Segundo economistas do Citibank, a precificação atual subestima a chance de um ritmo de cortes mais agressivo.
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ToggleTentativa de demissão sem precedente
Na noite de segunda-feira (26), Trump declarou que destituiria Lisa Cook, primeira mulher negra no conselho do Fed. O presidente e aliados a acusam de fraude hipotecária relativa a imóveis comprados em 2021, antes de sua nomeação. Cook afirmou que não deixará o cargo e contratou advogados para contestar a medida.
Por lei, diretores do Federal Reserve só podem ser removidos por “justa causa”, o que gera incerteza sobre a autoridade presidencial para efetivar a demissão. Os mandatos fixos visam proteger o banco central de pressões políticas e garantir independência na formulação da política monetária.
Pressão recorrente sobre o banco central
Trump vem cobrando cortes mais profundos nos juros, patamares que geralmente refletem cenários de recessão — condição que a economia norte-americana não apresenta no momento. O presidente já ameaçou afastar o chair Jerome Powell, mas arrefeceu esse discurso recentemente. O mandato de Powell termina em maio de 2025, e Trump deverá indicar um sucessor.
A saída de Cook abriria espaço para mais uma indicação alinhada ao governo. Neste mês, o presidente já escolheu um aliado para substituir Adriana Kugler, que renunciou inesperadamente.
Impacto no longo prazo
Para Andy Laperriere, chefe de pesquisa de políticas da Piper Sandler, a crescente politização do Fed tende a resultar em inflação e juros mais elevados no futuro, ainda que Trump busque o contrário ao defender uma “política de dinheiro fácil”.
Imagem: infomoney.com.br
A sinalização de Jerome Powell em Jackson Hole, na sexta-feira (23), reforçou a percepção de corte já em setembro. Ele afirmou que, com a política monetária em território restritivo, o balanço de riscos pode exigir ajustes na postura do Fed.
Embora a inflação siga no radar, autoridades do banco central demonstram preocupação com possível enfraquecimento do mercado de trabalho. Alguns dirigentes, entretanto, declararam na última semana não estar prontos para reduzir as taxas, antevendo uma reunião potencialmente dividida.
Scott Anderson, economista-chefe para os EUA no BMO Capital Markets, acredita que a ofensiva contra Cook amplia o risco de mais cortes do que o previsto atualmente. “Não descarto até três reduções este ano”, afirmou.
Com informações de Infomoney
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